A vida é só um jogo.

Eu penso que a vida é como um tabuleiro de damas, xadrez, RPG, enfim, um jogo. Entramos nessa plataforma, e simplesmente seguimos adiante, comemorando cada vitória, cada passo a frente, e lamentando o inverso. Não sabemos bem o porquê, talvez nossa alegria seja simplesmente um reflexo daquilo que nos move à frente, ou Daquele que nos move adiante.

O prazer e as sensações de cada um são individuais, para muitos, o prazer de andar um passo a frente compensa tudo, mesmo que a vida toda ande para trás, um único passo a frente os motiva a continuar. Para outros, nenhum passo a frente é tão motivador que justifique esta vida. Ainda há a opção de mudar de jogo, pular de um tabuleiro a outro, nascer de novo, mudar de vida!

Alguns, resolvem sair do jogo, entrar em sono profundo, perdem a noção do medo, ou por ele, recorrem ao desespero. O medo, maldito este que nos priva de ousar maiores jogadas, maldito este que nos priva de simplesmente dormir para sempre, de sair logo do jogo. Talvez este, seja o grande sentimento que move a humanidade, o medo de estar de fora do tabuleiro, de ceifar a própria vida e não saber o que vem após. O mesmo sentimento, ainda nos faz aceitar todas as regras do jogo, deste tabuleiro que insisti em nos forçar a jogar sem maiores motivos finais.

Se tudo é uma grande dúvida, um grande jogo, um prazer ou desgosto de seguir jogando, quem se importa? Pois enquanto a vida corre, mais viciados permanecem a jogar.

Espírito olímpico?

Se o importante é competir, é ter espírito olímpico, então por que somente as medalhas de ouro é que valem contagem no ranking de classificação?

Não seria mais correto, uma contagem por pontos? Como por exemplo, uma simples e lógica contagem, sendo; A medalha de ouro igual a 3 pontos, a de prata a 2 pontos, e a de bronze a 1 ponto.
Imagina a situação, um país "x" ganha 200 medalhas de bronze, 300 de prata, e outro país "y" ganha uma única de ouro. Dentre esses dois, quem parece ser melhor potência nos esportes? Eu sei que é um tanto óbvio, mas a contagem de medalhas de ouro, não demonstra quem de fato é a maior potência nos esportes. Na classificação geral, observamos países com poquíssimas medalhas, e no entanto por um ou outro talento em sua delegação, acaba por ficar à frente dos demais países que fazem boa participação em dezenas de esportes diferentes. E cá entre nós, ganhar o primeiro lugar, as vezes é questão de dia, de sorte, como diz o ditado "Nem sempre o melhor vence", portanto, me parece muito mais justo, uma melhor consideração das demais medalhas na contagem geral.

Aliás, as olímpiadas se tornaram verdadeiras corridas capitalistas, onde os sediadores, tentam demonstrar quem faz a melhor abertura, quem tem mais recursos para investir nos jogos, quem tem melhor infra-estrutura, enfim, o importante é mostrar quem pode mais! Lamentável.

Pelo jeito, espiríto olímpico é o diabo, não existe ganhar segundou ou terceiro lugar, medalha de prata ou de bronze, o que existe é perder o primeiro, perder o ouro, isso sim. Aí vem os chauvinistas falarem que brasileiro não se contenta com vice lugar ou daí pra baixo, então quem se contenta?